Em menos de cinquenta anos a medicina avançou de fortma considerável rumo à especialização. Antes se a pessoa sofria de algum mal nas articulações das mãos um oropedista o atendia. Hoje, o atendimento teria que passar pelo menos por uma dos especialistas em palma da mão, costa da mão, dedo ( mas para o dedo ser cuidado teria que passar por um desses especialistas: em falange, em falanginha ou falangeta, tal o grau de especialização ora vigente.Mas, não se restringe à medicina essa inovação. Vejamos na Administração Publica do Brasil. Há quem diga que a nossa cultura burocrática tem a ver com o fato de termos sido descobertos e colonizados pelos portugueses que são estremamente burocratas.Mas a razão desse nosso enfoque refere-se ao numero excessivo de Ministerios no Governo Federal e Secretarias nos Governos Estaduais; Seria buscando a especialização?
Escreveu o colunista da Revista Exame, Eduardo Onegui:
“ O Brasil estreou a República com poucos ministérios. O marechal Deodoro da Fonseca estruturou seu governo com oito pastas. Na República Velha, tivemos, em média, nove ministérios, que viraram dez com Getúlio Vargas e 11 com Juscelino Kubitschek. No final do regime militar, João Figueiredo governava com 16 ministros.Com a redemocratização — e premido pela necessidade de acomodar com cargos o arco de alianças políticas que o apoiava —, Tancredo Neves desenhou uma Esplanada com 23 ministérios. Que viraram 31 com José Sarney, 34 no segundo governo de Fernando Henrique Cardoso e 38 com Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente Fernando Collor, que se elegeu em 1989 prometendo cortar a máquina herdada de Sarney, até operou com 17 ministérios. Mas complementou a equipe com 13 secretarias ligadas à Presidência. Ou seja, 30 nomes no primeiro escalão.”
Itamar governou com 22. Atualmente temos 40 (Ministerios e Secretarias a nivel de Ministerio). Com a dinâmica do Executivo é praticamente impossível prever quantas vezes cada Ministro desse elenco fala com a Presidente. Pode ser que passem os quatro anos de governo e nunca tenha havido um despacho sequer… Não é chegada a hora de agrupar as competências e reduzir essa colossal estrutura? Pela experiência que viví na Casa Civil os próprios 22 do governo de Itamar Franco eram demasiados.. Mas agora dobrou será porque e para que?
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Excelentes as matérias postadas