Politica

05/07/2013 11:50

Reforma politica.

Lembro-me da instalação da Comissão no Senado para a Reforma Política. Itamar Franco dizia:  ” É uma pena tanta discussão para nada.. Vão aprovar apenas a mudança da data de posse do Presidente da Republica, para não atrapalhar os festejos do Reveillon..” De qualquer modo se apresentou como contrário às listas fechadas, pois não confiava nos ” critérios” que seriam  adotados e manipulados pelas cupulas dos partidos. Do mesmo modo apresentou a proposta da candidatura avulsa que foi rejeitada..O fato é que conforme ele mesmo dizia: ” Na votação desta materia na hora de votar o sujeito olha para o umbigo dele primeiro… ” ou seja não há como se esperar muita coisa… O voto distrital puro ou misto não vai ter a aprovação de quem. com sustentação financeira,  consegue votos no Estado inteiro. O financiamento público vai ser aprovado por quem não tem apoio financeiro privado e vai ser rejeitado por quem pode subjugar os adversários pelo poderio economico. Fala-se agora em plebiscito.Mas qual o objetivo ? O que se poderá obter de concreto? O povo não vai votar o projeto. Quando muito vai aprovar ou rejeitar as ideias propostas. Vai dizer se vai ficar satisfeito com as regras propostas.. Muitos nem sabem o que quer dizer.. Vão  votar segundo a orientação que receber.. E o Congresso não será obrigado a aprovar o que o povo disse que sim..E o “referendum” só se viabilizará com a aprovação da materia .. mas que matéria ? A que respeita o ” umbigo”?Mas são muitos ” umbigos” a serem satisfeitos…e nem sempre convergentes…O melhor seria se houvesse uma conscientização da necessidade da reforma politica e fosse aprovada visando, realmente, uma legitimidade politica.. Chego até a uma ideia que poderá ser chamada de absurda e sonhadora,  mas a aprovação de uma disposição transitória permitindo a eleição de constituintes exclusivos, não parlamentares, com poderes derivados, ou seja, observadas as normas básicas da Constituição, sem projetos politicos pessoais e sem vinculação com grupos e assim dotariam o país de regras decentes, éticas, morais e que não atentem contra a democracia que todos nós almejamos.

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