Já comentei por aqui a participação do Senador Itamar Franco,( 2011) na apreciação do Projeto de Reforma Política.
Desde a instalação da Comissão ele dizia da perda de tempo naquele estudo, pois a sua convicção era de que a única reforma que seria realmente aprovada se referia à mudança de data da posse do Presidente e dos Governadores para que não perdurem as atuais complicações para a participação nas festas do Reveillon. E assim foi feito. Até agora, nada ocorreu.Isto se deu em 2011 e hoje 2013, ainda continua o tema a ser debatido, de mentirinha…
E porque tudo isto? Dizia ele “ porque ninguém aqui votará qualquer tipo de norma que virá prejudicar a sua eleição, cada qual cuida do próprio umbigo..”
Porque um candidato que se elege com votos em todo o estado, distribuindo recursos para cada Prefeitura que visita, vai aceitar voto distrital? Do mesmo modo porque um candidato que conta com apoio empresarial e recursos para sua campanha vai desejar o financiamento público?
Porque um candidato que vive dependendo dos votos da legenda vai aprovar o candidato avulso?
Itamar defendia essa tese da candidatura avulsa, pois não acreditava nos partidos políticos que, sem nenhuma exceção são comandados por uma cúpula que manipula toda a dinâmica partidária. Por isso, a discrepância existente entre a agremiação e suas bases. As convenções são meros artifícios em que os delegados são previamente selecionados e mimados com benesses e regalias para garantir as votações nos indicados pela cúpula. O resultado é que nas eleições as candidaturas proporcionais, dependendo dos votos dados à legenda, são vitoriosas, ao passo que as majoritárias nem sempre.
No caso, dele, Itamar. Com o seu histórico político, na campanha de 2010 teve uma bela votação filiado ao PPS, mas teria também a mesma votação em 2006 se estivesse filiado a qualquer partido. Lembre-se que nessa eleição o PMDB, ao qual se achava filiado negou a legenda para a sua candidatura ao Senado.A convenção o derrotou em favor de Newton Cardoso, que sofreu uma derrota acachapante para Eliseu Rezende, escolhido á ultima hora por uma aliança de diversos partidos em virtude da retirada de Itamar.Tivesse candidatura avulsa, não dependente do carinho da cúpula partidária, poderia ter se candidato e a eleição seria certa.Agora vêm com a nova ideia da lista fechada o que importará, se adotada, na maior forma de cabresto eleitoral já conhecida, também rechaçada por ele.. Vamos esperar….
Excelentes as matérias postadas