Lembro-me dos antecedentes do movimento de 1964, com Carlos Lacerda, Adhemar de Barros e Magalhães Pinto como principais articuladores políticos na área civil e contando também com o apoio inquestionável do Partido Social Democrático(PSD) e a União Democrática Nacional (UDN), conservadores e representantes das classes produtoras. E já se antevia a disputa entre eles, eis que, cada um se julgava mais credenciado para assumir o comando do país sob a égide e sustentação dos militares, sem contar que nos quadros do PSD, liderados por Juscelino haveria também outros pretendentes.
O problema é que se esqueceram de combinar com os Comandantes e não consideraram que dentre estes também se encontravam aqueles que se consideravam mais preparados e mais legitimados para assumir.
A decepção não tardou. No momento da sucessão as discussões passaram a ser unicamente no âmbito das Forças Armadas e só não deu briga dentre elas porque o Exercito sendo o mais forte, de plano não admitia que a Marinha e a Aeronautica indicasse o cabeça de chapa, sendo que para a Vice Presidência a Marinha tinha precedência por ser mais antiga. Mas, no governo do Presidente Médice foi chapa pura, com Orlando Geisel e na do Presidente Figueiredo foi o civil Aureliano Chaves por já estar na fase da abertura politica. Costa e Silva teve como Vice Dr Pedro Aleixo que não chegou a assumir, pois com a doença do Presidente que o tornou impedido, uma Junta Militar assumiu e não permitiu a sucessão natural.
O principal no entanto, que para afastar os pretendentes citados, que esperavam que a disputa se desse dentre eles , cassaram Carlos Lacerda e Adhemar de Barros e convenceram Magalhães que não era a hora de um civil, apesar dele estar certo de ser o preferido de Castelo Branco que dizia sempre que desejava um udenista mineiro . Só que esse era o grande equívoco. O verdadeiro escolhido de Castelo seria o Deputado Bilac Pinto que por suas mãos assumiu a Presidência da Câmara dos Deputados.
Excelentes as matérias postadas