TRIBUTO AO JORNALISTA ARIOSTO TEIXEIRA
Encontro-me com um bom amigo, de longas datas e carnavais, Expedito Filho (que me deu trabalho demais quando cobria o Palácio do Planalto) depois de muitos anos sem nos ver.
E, embora em um contato rápido foi o bastante para me nocautear quando perguntando pelos amigos da imprensa (embora não tivesse nenhuma regalia ou imunidade entre eles, fizemos boas amizades), citando um a um, falei no Ariosto e ele, de voz embargada, disse: o Ariosto morreu… Aquela afirmativa caiu como uma pedra em minha cabeça.
Ariosto era uma figura ímpar. Baixinho, simples, sorriso apertado, inteligente, sério, sempre disponível, fazia parte de um grupo informal, Expedito, Raquel,Martinha, Denise, Teixerinha e Deise, Tomás Coelho, Fonseca e tantos outros como Andrei Meireles( Cosme e Damião) que exibindo uma barbinha meio rala, o encontrei em uma batalha de confete numa das quadras 200 de Brasília, de abraços e afagos com uma garota dengosa que o chamava de Ariosto e, ele firme na parada, aproveitava à colherzinha de chá com que o amigo indiretamente lhe disponibilizava. Quando mais tarde eu o encontrei comentei o fato e ele apenas esboçou aquele sorriso maroto dizendo esse Andrei…..
Hoje, bem atrasado, não posso deixar sem registro o meu pesar pelo amigo que se foi, sem que eu soubesse, (estava em Belo Horizonte, no governo do Estado) mas que ficará sempre presente nas nossas lembranças.
Ao final, permito-me mesmo sem autorização, transcrever um trecho de um belo artigo escrito por Ana Genro que com muita categoria manifestou uma sincera e grande amizade por esse querido amigo. “Fica este texto como tributo a Ariosto Teixeira. Baixinho de coração grande, visão larga e mente arguta. Poeta mais que sensível jornalista político, amigo inesquecível. Que Deus o tenha recebido em Sua Glória e descanse em paz. Quem sabe, se um dia nos encontrarmos de novo, possamos cantar juntos no céu: ?Caminhando e cantando e seguindo a canção. Somos todos iguais, braços dados ou não. Nas escolas, nas ruas, campos, construções. Caminhando e cantando e seguindo a canção…?
A moeda da gratidao foi cunhada para pessoas como voce Henrique Hargreaves(Quinhavo),sempre amigo,inteligente,leal,reconciliador e justo…ha anos sem nos ver,guardo voce nas minhas lembrancas de juventude,desse jeitinho mesmo! Grande abraco para voce e a Heloisa Helena
Agradeço o seu carinho comentando essas postagens. Na verdade a gente vê o tempo passar e se não registrarmos o que passa à nossa volta, não fizemos nada. Quanto à moeda… ah essa moeda!!! tão rara quando devia ser corriqueira…. Mas quando escreví esse texto dirigido ao Aecio Neves, foi realmente com amargura me lembrando do nosso amigo Itamar que dentre as possíveis bobagens que tenha feito, apoiar esse moço ganhou de todas. Mas …. o tempo é o senhor da razão e eu espero que os brasileiros não tenham que experimentar diretamente a sua ação….Abs e apareça sempre que eu me sentirei muito honrado.