PÉROLAS ELEITORAIS

Durante a campanha eleitoral ouve-se de tudo.     Cada um, com suas preferências eleitorais, dita sua verdade procurando envolver e seduzir o próximo que     não esteja participando da mesma corrente partidária. Daí        para frente    haja   paciência   para   não   perder   a    amizade. Sim, porque no embate eleitoral,       graças    à   polarização    ocorrida     no     nosso      país,     amizades             são           comprometidas, relacionamentos são rompidos, negócios são anulados em função das paixões que invadem os    corações   dos   brasileiros.      E o melhor é a evolução  de um fato (inventado ou não) desenvolvida durante       a discussão que se instala,   em que para melhorar o nível de     confiabilidade   de     seu relato, vai recheando    a  história   com   elementos   novos, criados    na hora,    mas sempre acompanhado da frase “ninguém me contou, eu ví!”. Vou me lembrar de alguns que resolvi guardar… O candidato Aécio Neves disse em sua campanha que ao assumir o Governo de Minas cortou o   próprio     salário.    Em   uma     oficina mecânica, um aecista pregava sua mensagem a favor do    seu eleito e destacava essa afirmação de Aécio. Imediatamente um contrário interveio:  “Rapaz, se ele cortou o dele, o seu então vai acabar…” Na mesma hora   ele franziu a testa dizendo “ epa !! disso eu não havia pensado..” e a partir daí       passou a divulgar para todos com quem se encontrava dizendo que ouviu o candidato   dizer   que   vai cortar os salários… Uma senhora, de nível acima da média, séria, disse numa roda..    . “Na Venezuela para se comprar no supermercado a pessoa é obrigada a se    identificar mediante impressão digital… Essa invenção da identificação digital para votar nas eleições é um preparativo para tornar o Brasil uma nova   Venezuela…” O que  tem a ver uma coisa com outra?? No dia da eleição, ao sair de     uma seção eleitoral me disse um amigo que a Internet  divulgava que o doleiro      Youssef estaria internado na UTI vitima de envenenamento.. Ao chegar em casa      foi visto no Facebook uma turba excitada divulgando o fato à sua maneira. “ Foi   ataque,   foi veneno, O  Lula que mandou   sumir com  ele..E ele já morreu mas estão    escondendo a noticia. O PT não tem limites.”.Ao final é divulgada a versão oficial na TV: Teve um      mal   estar  por medicamento  em  tratamento cardíaco, mas já passa bem…” Que decepção!!!! Mas, temos também      as apropriações  indébitas. No calor do debate o candidato sem    nenhuma    cerimonia      toma para sí    todas     realizações   de   governos anteriores que deram certo e as do  seu governo  que    dão    erradas atribui a outrem É fácil.. A tônica       do debate  é a  propositura.. Todos iniciam dizendo que não    querem    agressões,    apenas       proposições. Ao iniciar,  no entanto,   sua     participação o emblema é o dedo em riste, a cara fechada e o verbo solto.Aécio se fundamenta nos seus feitos quando governador de   Minas ( passado)    e Dilma se    fundamenta   criticando  o governo    de    FHC ( passado), mas nas respostas cada um conclama o outro a    tratar do futuro    sem olhar no retrovisor… “Deixa o passado candidato (a)…”,      mas logo em seguida retoma o relato do passado… e com      isto    ficamos    sem    saber o que   pretendem    realizar, .mas apenas, as maravilhas do   que   dizem   já ter     realizado… Nas discussões ambos só falam a verdade e ambos mentem ou são acusados de mentir. Tudo que incomoda é    tido como    mentira   e tudo que possa agradar é tratado como verdade. Mas      os do lado de cá ficam sem saber se é ou não é… Mas nada disso tem importância pois a realidade é nua e crua: só assiste debate, às 23,00hs quem já tem candidato e fica torcendo cada um para o seu. É tão eletrizante a disputa que o   assunto já tomou conta     das rodas sociais tais como jogo da seleção. Já se       processam convites para amigos   se      encontrarem na   casa um do outro    para assistir o confronto, regado a pipocas,   cervejas     e torcidas    organizadas..        Mas, o que consagra realmente o Festival    de    Besteira    que assola o país, conforme diria o saudoso Stanislau Ponte Preta é o pós-eleição em que surgem até pessoas de bom nível a propagar a    confecção de   abaixo assinados   em   favor   de     um impeachment de uma Presidente eleita pelo povo em eleições livres e   democráticas como forma de tomada de poder. Nem mesmo a oposição constituída e derrotada nas urnas apoiaria uma iniciativa desta. O mais   engraçado        ainda,    para terminar, é ver pessoas comemorando a vitória de seu candidato a governador e colocando em duvida a lisura da votação da eleição para Presidente quando a urna é uma só. Se há duvida      na eleição de    Presidente    tem       que haver duvida na eleição do Governador.. e aí como é que fica?? A resposta: Não, para esse caso é diferente…. Sei lá, talvez seja por isso que o Brasil dá certo!!!!

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