Nos bons tempos o meio de transporte de Brasilia para Minas Gerais era um DC-3 da VARIG, ou DC-4 do Loyde ou o Scandia da VASP. Todos tinham que voar baixo por questões de pressurização. Com isto pegava-se todo o tipo de turbulência disponível no trajeto.
Em um determinado final de semana a bancada mineira se aglomerou no rústico aeroporto de Brasilia, de tábuas, para se aventurar à volta para casa e dentre eles o Senador Milton Campos.
Tão logo decolou, o DC3 cumpriu o seu papel de cruzar os céus do Planalto aos trancos e barrancos pulando mais que burro bravo, conforme dizia o nosso caboclo. Ninguém falava nada. Um silêncio profundo só interrompido pelos gritos da filha mais nova do Deputado Geraldo Freire, morrendo de medo do avião e de levar uns tabefes.
Lá pelas tantas o Senador Milton Campos levanta-se e vai ao toalete e na volta estava quase verde de tão pálido. No que tomou o seu assento a comissária muito solícita lhe pergunta:
” Senador o senhor está com falta de ar?” De imediato ele responde:” Não, minha filha, estou com falta de terra..”
Esse era o nosso Dr Milton…
Caro Henrique,
Só tem uma coisa pior que burro: burro arrogante!!!
Abraço