por Monica Gugliano – Especial para O Globo
SÃO PAULO – Faltava pouco para as 10 horas da manhã de sexta-feira, 2 de outubro de 1992, e ainda havia vagas no Ministério. Preocupado com a responsabilidade, exaurido pelas negociações que iam e voltavam, o então vice-presidente Itamar Franco via o tempo passar. Partidos, forças políticas, empresários, amigos. Muitos queriam um lugar no primeiro escalão. Outros fugiam, alegando que o novo governo não duraria mais do que 48 horas. Na casa do Lago Sul, prestes a assumir o cargo de presidente interino — substituindo Fernando Collor afastado por impeachment — Itamar precisava dar um fim àquela agonia. E deu. A partir de novembro, histórias como essa e o período e o governo de Itamar Franco, falecido em julho de 2011, poderá fazer uma viagem a esse tempo no Memorial da República que leva o nome dele e foi montado em Juiz de Fora, a cidade mineira onde nasceu.
Ao lado do futuro chefe da Casa Civil, Henrique Hargreaves, do advogado Roberto Medeiros e do também futuro ministro Alexis Stepanenko, Itamar começou a listar as pastas que precisava preencher. Sentados ao redor de uma mesa, eles trabalharam seguindo algumas regras: o nomeado se acertaria com o partido que representava, deveria ter relação com o setor que comandaria e, por fim, ninguém do governo anterior permaneceria. Mais de duas décadas depois, a política nua e crua que se pratica na discussão sobre o afastamento ou não presidente Dilma Rousseff guarda escassas semelhanças com o processo que removeu Collor do Palácio do Planalto. A partir de novembro, quem quiser conferir essa história e o período e o governo de Itamar Franco, falecido em julho de 2011, poderá fazer uma viagem a esse tempo no Memorial da República que leva o nome dele e foi montado em Juiz de Fora, a cidade mineira onde nasceu.
— Não se podem comparar tempos desiguais como os dos presidentes Collor e Dilma — disse ao GLOBO o ex-presidente José Sarney.
— Até no PSDB falta a funcionalidade imprescindível à condução de um processo de impeachment. Há opiniões muito diferentes sobre o que deve ser feito e como fazer. Naquela época os políticos e os partidos tinham melhor qualificação. Hoje, nem mesmo o presidente da Câmara tem respeitabilidade suficiente — observou o vice-presidente do PSDB, Alberto Godman, ex-deputado e ministro dos Transportes no governo de Itamar.
Desde que o impeachment de Dilma começou a ser tratado como uma das soluções para a atual crise econômica e política, outras diferenças de temperamento e modus operandi também opõem os dois períodos. Itamar, demonstram discursos e documentos seus que estarão expostos no Memorial, tinha aversão a qualquer gesto ou ato suspeito de corrupção. Aceitou o pedido de demissão do amigo e ministro da Casa Civil, Henrique Hargreaves, quando ele foi acusado de envolvimento em desvio de verbas públicas (Hargreaves voltou ao governo após ser inocentado). O atual presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMBD-RJ), foi sumariamente demitido da Telerj (então companhia estatal de telefonia do Rio). E Otávio Azevedo, empresário que presidia a Andrade Gutierrez até ser preso este ano em Curitiba na Lava-Jato, tampouco encontrou espaço no governo do conterrâneo mineiro. Azevedo ainda não ingressara na empreiteira quando Itamar rejeitou sua indicação para presidir a Telebras.
— Itamar não recebia empreiteiros, nem os que ele conhecia de outros tempos. E creio que Azevedo já estava nesse ramo. No caso de Eduardo Cunha, eu estava numa solenidade no Rio com Itamar, quando ele (Cunha) pediu para ficar no cargo. Itamar tinha informações de que Cunha era ligado ao PC Farias e àquela turma. Na época, até falamos daquele ditado mineiro: Ninguém conserta a sombra da árvore torta — contou o presidente do Instituto Itamar Franco, Marcelo Siqueira.
O ex-senador Pedro Simon (que foi líder do governo Itamar) apontou ainda outras diferenças entre 1992 e 2015. Com origem no PTB e discípulo de Alberto Pasqualini (ideólogo do trabalhismo brasileiro), Simon foi um dos políticos mais próximos de Itamar. Teve papel fundamental na articulação que conduziu ao impeachmet de Collor e garantiu a transição.
— Hoje, se inverte a ordem razoável das coisas. O Congresso começa pelo impeachment. Vai atrás da Operação Lava-Jato. Não é dessa maneira. Nós fizemos uma CPI, investigamos as denúncias e apuramos os fatos. Não houve mais dúvidas de que Collor não tinha mais condições de se manter no cargo, e o impeachment foi aprovado. Houve uma união entre os partidos, um consenso em torno da ideia de que não era preciso apoiar Itamar. Era necessário garantir a democracia — afirmou Simon.
Está também no Memorial o registro e o discurso feito pelo então presidente num de seus primeiros atos. Ele convocou para uma reunião no Palácio do Alvorada todos os presidentes dos partidos. Afirmou que não pedia apoio para as medidas de governo. Essas, ele negociaria no Congresso. Mas desejava a sustentação necessária para governar.
Em trechos do seu discurso, Itamar disse: “Temos condições de alcançar, acima das ideologias e das posições políticas divergentes, os rumos desejados pelos brasileiros: ética na política, ação pública austera e responsável (…) Acabou-se, como disse à nação, e espero que para sempre, a era de um presidente com poderes quase imperiais”
Até o PT, então presidido por Luiz Inácio Lula da Silva, que fora derrotado por Collor na eleição e não apoiou o governo Itamar, aplaudiu.
— Ele não quis ser maior que a História. Ele quis servir à nação. Fez a melhor transição possível. Pacificou até os militares que estavam inquietos. Não sei se há semelhanças entre aqueles dias e os de hoje. Mas vejo que todos os partidos estão divididos e fragmentados. Há um imenso sectarismo — afirmou o ministro do Desenvolvimento Agrário, o petista Patrus Ananias, mineiro como Itamar.
Naquela noite em que Itamar e seus assessores tentavam fechar o Ministério, os comandantes militares já não eram uma preocupação. Como recordou o ministro Patruz, eles estavam pacificados. Já empossado presidente interino, chamara os três (Exército, Marinha e Aeronáutica) e informara que não os manteria no cargo.
— Itamar explicou que não manteria os civis. Portanto, também os militares seriam substituídos. Tinha um argumento simples e me disse: “não vou deixar nenhum deles. Não defenderam o Collor. Tampouco vão me ajudar em nada”. Quer saber como escolheu os novos? Pegou um daqueles almanaques com os nomes dos comandantes. Procurou a geração deles. Não podia ser muito novo (porque não seria general de Exército) nem muito velho (já estaria na reserva). Com os nomes escolhidos, fomos ver se nada havia que os desabonasse. Não havia e foram nomeados no Exército, Zenildo Lucena; na Marinha, Mário Flores e na Aeronáutica o Brigadeiro Lélio Lobo — contou Hargreaves.
Na entrada do Memorial da República Itamar Franco, em Juiz de Fora, cidade natal do ex-presidente, um grande móvel de madeira, com 84 gavetas, conta a história do ex-presidente. Do seu nascimento, no navio de cabotagem da classe Ita, da Companhia Nacional de Navegação Costeira, à sua morte por leucemia em 2011.
—Pensamos numa forma inovadora que facilitasse o acesso e o conhecimento desse patrimônio — explicou Rogério Mascarenhas, arquiteto responsável pelo Memorial.
O material estava exposto no Instituto Itamar Franco, criado por ele e ao qual doou cerca de R$ 1,5 milhão, num dos prédios mais antigos de Juiz de Fora: a sede do antigo Banco de Crédito Real. Há cinco anos, Itamar aceitou a proposta da Universidade Federal de Juiz de Fora. Após sua morte, as filhas dele, Georgiana e Fabiana, doaram o acervo.
— Preservar a memória da nossa República é tarefa essencial em nosso compromisso com a História do país. Juiz de Fora teve uma oportunidade ímpar de contribuir — disse o ex-reitor da Universidade Henrique Duque, idealizador do projeto.
O prédio do Memorial tem dois andares, quase 900 metros quadrados e custou R$ 3,5 milhões. Parte dos recursos são da Universidade, parte da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), do Ministério da Educação e de emendas parlamentares. Abriga biblioteca com 4.958 exemplares. Também tem uma hemeroteca com recortes de jornais, revistas, fotografias, pronunciamentos públicos e diversos documentos. Há 1.752 peças e objetos pessoais (como óculos e canetas), presentes diplomáticos, medalhas, diplomas, comendas e obras de arte, além de mais de 300 mil cartas dirigidas ao então presidente. Uma das grandes atrações é o Fusca azul-celeste, conversível. O carro foi usado por Itamar na reinauguração da linha de montagem do modelo, em agosto de 1993, e foi comprado por ele.
Trajetória de Itamar Franco
Itamar Augusto Cautiero Franco nasce no dia 28 de junho de 1929 a bordo de um navio a vapor que transportava cargas e passageiros. O bebê, quarto filho de Augusto Cesar Stiebler Franco e Itália América Liria Cautiero, é batizado em Juiz de Fora (MG), um ano depois.
Recentemente, o ex-presidente Fernando Henrique revelou, em jantar no qual eu estava presente, as dificuldades enfrentadas pelos partidários do impeachment de Fernando Collor para que o vice-presidente Itamar Franco cumprisse o dever constitucional, em função do afastamento, até então temporário do titular, de assumir o cargo de presidente da República.
— Soube que Itamar não queria assumir o lugar do Collor e fui à sua casa. Chegando lá, Ruth Hargreaves, sua secretária particular e amiga, me conduziu ao quarto. Ele estava vestido, mas deitado na cama. No quarto, havia outros assessores e amigos. Cobrei dele e ele me repetiu os argumentos que já tinham me repassado por telefone. Que se sentia um oportunista, assumindo a Presidência daquela maneira. Rechacei, dizendo: “Itamar, isso agora não depende mais da sua vontade, mas de uma obrigação constitucional. Você, uma pessoa tão correta, tão legalista, não vai querer agora desrespeitar a Constituição”. Acho que o convenci.
Fernando Henrique contou essa história, em detalhes, só para dizer que havia se reunido na véspera com o vice-presidente Michel Temer:
— Repeti essa história ao Temer, mas como exemplo de como deve se comportar o vice nessas horas: ficar discreto e não gritando: “tô aqui!”
Certamente, o ex-presidente estava se referindo à até agora polêmica declaração de Temer de que o país precisava de “alguém” para comandar a pacificação política e social.
Mas o fato relatado por FH serve para definir bem o Itamar, um político afável, mas que, quando implicava ou se convencia de algo, era irredutível. E se uso também esta história, tendo FH como um dos personagens, é para demonstrar a veracidade do ditado de que a política muda como a nuvem, pois foi justamente uma indefinição semelhante do ex-presidente que proporcionou um encontro entre Ulysses Guimarães e Itamar, em águas distantes, lá onde o Rio Negro se encontra com Solimões.
No Amazonas, ambos descansando no feriado, Itamar e Ulysses se reúnem para rever a lista dos defensores do impeachment. O nome de FH estava marcado com um ponto de interrogação. Itamar sugere a Ulysses:
— Não fica bem para o vice se intrometer nesse assunto. Por mais intimidade que eu tenha com o Fernando Henrique, não posso conversar com ele sobre esse tema.
Ulysses concordou e delegou a missão a Pedro Simon. Que a cumpriu com pleno êxito.
Esse era Itamar, um mineiro que nunca quis se adiantar aos fatos. Tão exagerado que, quando colocado pela primeira vez, diante da disputa Tancredo Neves versus Paulo Maluf, respondeu:
— Vou ler a proposta dos dois candidatos, confrontar seus currículos e só aí vou decidir.
Parece piada, não? Mas como saber? Com Itamar, tudo era possível.
Conquistas do real em risco
O presidente Itamar Franco e o ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, empossado depois que Fernando Henrique deixou o cargo para ser candidato a presidente, trocam cédulas de cruzeiro real pelas de real – O Globo
O embaixador Rubens Ricupero tem uma fisionomia que remete à imagem de um religioso. O olhar tranquilo, a fala suave, mas enfática. O presidente Itamar Franco recordava que o embaixador fora o primeiro nome em quem pensara para conduzir a economia quando tomou posse interinamente, em outubro 1992. Na época em Washington, Ricupero preferiu ficar naquele que sempre foi o principal posto brasileiro no exterior. Dois anos depois, acabou aceitando o convite. Na história do Plano Real, que agora, será recontada no Memorial da República Itamar Franco, o diplomata aparece ao lado de Itamar, sorridente, segurando a nova moeda: o real. Itamar o chamava de “o sacerdote do real”. Hoje, Ricupero teme que a estabilidade alcançada com tanto trabalho seja perdida.
— O Plano Real e todas as conquistas que ele nos trouxe correm perigo. A inflação rompeu o patamar simbólico dos dois dígitos. E, se O PT e o ex-presidente Lula, como os jornais noticiam, pretendem tirar da Fazenda Joaquim Levy, o dia de amanhã será pior que o de hoje — alertou.
Itamar Franco convidou Ricupero para a Fazenda novamente quando o então titular da pasta, Fernando Henrique Cardoso, teve que deixar o cargo. FH, estimulado pelo presidente, disputaria a sucessão ao Palácio do Planalto. O sociólogo fez aliança com o PFL e o PTB, e ficou em segundo lugar nas pesquisas até a metade do ano. O sucesso da moeda, lançada em julho, e a desconfiança que o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, despertava nos agentes econômicos decidiram a eleição, e FHC venceu.
Até chegar a Fernando Henrique — que liderara uma equipe de economistas para criar o Plano Real — e, depois, nomear Ricupero, Itamar já tivera outros três ministros da Fazenda. O primeiro, o advogado pernambucano Gustavo Krause, mal completou dois meses na função. Depois, foi o economista mineiro Paulo Haddad que, até então, ocupara o Ministério do Planejamento. Menos de cem dias depois, outro ministro: o engenheiro civil e mineiro Eliseu Resende (morto em 2011).
— Ele estava no cargo e veio a denúncia de que tinha ligações com a construtora Odebrecht. Não havia nada a fazer senão trocá-lo — contou o presidente do Instituto Itamar Franco, Marcelo Siqueira.
O ministro da Fazenda, soube Itamar pelos jornais, viajara a Nova York com as passagens e o hotel pagos pela construtora Odebrecht. Ele chamou Resende, e a conversa foi curta: “Tenho muito apreço pelo senhor. Mas ministro do meu governo não viaja com os custos pagos por empreiteiras”, disse.
Itamar, afirmam ex-colaboradores e amigos, tinha duas obsessões. A primeira era implementar um plano social de combate à fome. Criou o Conselho de Segurança Alimentar (Consea), organismo ligado à presidência que tinha entre seus integrantes o sociólogo Herbert de Souza (o Betinho), e é considerado o precursor das políticas compensatórias dos governos petistas, como o Bolsa Família, e do Programa Fome Zero, do governo FHC.
— Ele achava que o governo tinha que lutar contra a desigualdade brasileira, por isso também era imprescindível terminar com a inflação — observou Ricupero.
Ao convidá-lo, recorda o diplomata, o presidente só lhe pedira que mantivesse a equipe de Fernando Henrique e levasse o Plano Real adiante. Ricupero assim o fez. Lidou com a maior habilidade possível com Itamar, que insistia num congelamento de preços e se recusava a conversar com os economistas da Fazenda indicados por FH. Negociou com o Congresso, conversou com empresários e sindicatos. Fez palestras e deu entrevistas. Até que, numa delas, a Carlos Monforte, da TV Globo, já em plena campanha eleitoral, escorregou e disse: “O que é bom a gente mostra; o que é ruim gente esconde”.
— Foi um momento terrível, do qual me penitencio até hoje. A frase vazou pelas antenas parabólicas. Se é possível justificar ou explicar, eu estava dizendo o que é mais ou menos óbvio. Ninguém quer contar o que é ruim — disse o embaixador.
A frase era injustificável. Ricupero mesmo tomou a iniciativa de deixar o cargo. A campanha estava no auge, e Itamar convidou o então governador do Ceará, Ciro Gomes, para a Fazenda. Ciro, como fizera seu antecessor, levou adiante as medidas até a eleição de Fernando Henrique.
Então, toda uma geração cresceu sem saber o que era a inflação que tanto incomodava Itamar.
Conto inacabado mostra paixão por romance policial
O presidente Itamar Franco, todos que o conheceram são unânimes em afirmar, não apreciava a vida social. Nas funções públicas que exerceu, desde a eleição para prefeito de Juiz de Fora, em 1966, ele evitava, sempre que podia, jantares, coquetéis ou eventos, muitos inerentes aos cargos. Em casa, gostava de ler, assistir à televisão e escrever. Redigia textos sobre pesquisas de assuntos como engenharia, políticas públicas e economia e afirmava que, se encontrasse tempo para isso, seria escritor. Ao organizar o material que será exposto no Memorial da República, com inauguração prevista para o próximo mês, em Juiz de Fora, assessores encontraram entre os documentos de Itamar um desses exercícios de literatura: o conto inacabado “Istambul”.
Itamar, contam os mais próximos, lia romances clássicos, poesias e, é claro, os autores mineiros, como Guimarães Rosa, aos quais fazia referências constantes em seus discursos. Na Biblioteca do Memorial, as obras revelam esses gostos e também o interesse por assuntos como religião e meio ambiente. Na Presidência da República, ele mesmo gostava de escrever os textos que leria. Fazia uma primeira versão que, depois, dividia com assessores.
O texto do conto “Istambul” revela a preferência do autor pelo gênero policial e pelas histórias de espionagem. A trama é ambientada na maior e mais famosa cidade da Turquia, conhecida no mundo por seus monumentos, como a fabulosa Mesquita Azul. Em um dos trechos em que descreve a cidade, Itamar observa que ela “é bonita em qualquer época”.
Nas quatro páginas da história que foram encontradas, Itamar escreve sobre operações militares, espiões e organizações internacionais como a Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan), criada em 1949. “A conexão de Toronto se tornaria importante caso se confirmasse lá uma nova base da Otan. Grande tempestade se abatera sobre a Organização pela venda de armas ao Irã”, diz o texto, que trata da operação de uma venda ilícita de mísseis para o país do Oriente Médio, na época em que as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos e por países europeus impediam o comércio com os iranianos.
Desculpe aos amigos pela incorreção da postagem anterior ora alterada. Obrigado
Em verdade,alguns tentaram,mas quem deu dura nele e o convenceu:PEDRO SIMON!
Realmente vc tem razão e eu presenciei. Foi na casa do Lago e após o Mauro Benevides, na presidência do sessão do Congresso, avisar que o prazo estava vencendo e ele seria obrigado a empossar o Ibsen, Presidente da Câmara.