DIÁRIOS DA PRESIDÊNCIA (2)

 

 

 

1322870-250x250Agora, sim, acabei de ler o livro todo.

Conclusões:

Com muita sinceridade e coragem o ex Presidente Fernando Henrique Cardoso oferece para a história política do país um rico documento em que, dando nome aos bois, sem restrição alguma, relata as práticas da politicagem que emperra o nosso  crescimento  e que personagens, os mais inesperados, sem nenhuma cerimonia, ao invés  de demonstrar espírito público se prestam ao clientelismo e chegam a impedir o funcionamento das Casas do Legislativo por conta de questiunculas relativas a nomeações nos órgãos públicos. O lado positivo é de que com sua formação e personalidade conciliadora, conseguiu contornar esse emaranhado mesquinho, sem transigir com os princípios éticos e morais preservando sempre o interesse público.

Por outro lado vemos que nesse primeiro ano de mandato esteve o Presidente da República a separar briguinhas dentre os membros da equipe econômica, povoado de estrelas e de vaidades,  incluindo vazamentos de informações importantes e consertar inconveniências praticadas por amigos íntimos integrantes do Governo. O importante, no entanto é que embora isso tenha contribuído e muito para a paralisia do Governo, a garantia da solidez do Plano Real impediu o retrocesso,

Conforme seu próprio relato foi uma período sem maiores avanços, inclusive visando a Reforma Administrativa que acabou não se concretizando por falta de consenso dentre os membros de sua equipe.

Mas, serve de alerta deixando bem claro e evidente as causas do emperramento do país pela pobreza da classe política e a precariedade do nosso sistema politico-eleitoral;

O pior é que esse quadro não é um privilégio de FHC. Foi assim com Sarney, com Itamar e agora com Dilma.

A diferença é que Sarney cumpria um mandato logo após a abertura política e eleito numa aliança no Colégio Eleitoral e sem uma oposição mais sólida embora combatente na figura do MDB.

Itamar cumprindo um mandato tampão decorrente  do impeachment do Presidente e tendo montado uma equipe ministerial à revelia das legendas partidárias, mas em sua maioria congressistas integrantes dos principais partidos não enfrentou uma oposição consistente, composta principalmente pelo PSDB, PT e PFL que se postava de forma pendular.

Agora, vemos uma oposição meio comandada pelo PSDB inconformado com o resultado das eleições e focando sua ação na impedimento da Presidente, visando recuperar o Poder  sem se ocupar dos assuntos do Governo e reforçado pelo próprio PT em briga  por espaço e o PMDB como sempre no jogo duplo, procurando obter unicamente  as benesses do Poder sem se comprometer com  os ônus dos desgastes presidencial.   O desmantelamento dos focos de corrupção, embora não tenha sido comprovado até o momento nada que atinja a Chefe da Nação, conturba e paralisa causando a inércia a que estamos submetidos.

De qualquer forma continuo conclamando a todos que leiam esse documentário que demonstra claramente que tudo que ali está sempre foi assim, está sendo assim e será assim se reformas drásticas não ocorrerem.

Hoje vivemos uma crise de desmoralização do Estado, As instituições  demonstram que são realmente fortes mantendo-se apesar dos abalos que já sofreram e esperam da sociedade uma ação mais vigorosa de modo a respaldar com o que for necessário para a recuperação e crescimento do país.

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