Volto ao livro de Dario Macedo. É que, vivendo uma época importante na nossa história politica, e sendo um jornalista de alta estirpe e muitíssimo bem colocado no ranking de então, os seus escritos têm muito a oferecer às gerações posteriores, ou seja, a atual.
O motivo maior da minha escolha por esse trecho denominado ” A vez dos políticos “, escrito durante o governo militar, é a sua essência que obriga a uma reflexão sobre a nossa classe politica.
Diz Dario:
Em recente entrevista, o candidato da Arena à sucessão presidencial disse que o uso da imaginação criadora, por parte dos políticos, continua a ser reclamada. Para ele, é necessário tal contribuição, fórmula, talvez mágica, com a qual, mais rapidamente do que se espera, possa o Governo encontrar os caminhos que há tanto tempo busca para chegar à consecução do processo de distensão política.
De fato, a classe política, já recebeu sugestão no sentido de dar largas à sua criatividade. Ficou famoso o apelo que formulou quem poderia formulá-lo: o Presidente Geisel, em discurso que a Nação ouviu e debateu. Agora, é a vez do futuro Presidente rebater a tecla. Entende o Ministro-Chefe do SNI que os políticos usaram pouco a sua imaginação, ainda que aduzindo; “Realmente, não sei por que. Por falta de imaginação não ê. Acho que agora tentam usá-lo mais”.
O General Figueiredo, que terá como uma de suas missões — e certamente a mais árdua — a de executar o projeto político elaborado pelo atual Presidente, abre aos políticos a oportunidade que eles tanto reclamam de uma participação efetiva. Considerando como têm considerado que foram marginalizados do processo das decisões após a Revolução de 1964, os políticos estão agora sendo outra vez chamados. Que ponham a cuca para funcionar, lembrando-se sempre de que o chamamento que lhes é feito não implica em reeditar as surradas jogadas de um passado que ninguém deseja que volte: de um passado onde o exercício da política não era o jogo claro e honrado das idéias, mas a prática de capoeira, do avanço insaciável à coisa pública, sem benefícios para a Nação.
O que se quer, de fato, é um país marchando para colimar objetivos dos sonhos do povo: a distribuição justa da riqueza, o abrir de um leque oferecendo oportunidades a quantos efetivamente tenham a consciência da hora presente e se disponham a contribuir para o aperfeiçoamento de nossas instituições.
Que não percam mais esta oportunidade. (1978, Correio Braziliense.)
E o que aconteceu??
Hoje vemos uma tentativa de alterar a Constituição para antecipar as eleições e para isso o mote é ” Eleições Diretas” que há época dos idos dos anos setenta, tinha como refrão sob o comando do radialista Osmar Santos: ” Um, dois, três, quatro cinco mil, queremos eleger o Presidente do Brasil “.
Elegeram sim, mas se esqueceram de ver os que foram eleitos. Será que vamos repetir tudo isso depois dessa experiência desastrosa, ou podemos ter esperanças de uma renovação em 2018?
Muito bom acho que é esperar para ver! Tenho cá
Minhas opiniões mas, acho que precisam de um CABRESTO!!!
Um é pouco….