FELIZ NATAL

Para quem centra o seu foco na análise e considerações de fatos políticos acaba sem margem de manobra em face da mesmice, obrigando a um recesso involuntário.

Já passados alguns meses recolhido, sem nenhuma postagem nesse nosso recanto tentando localizar alguma novidade para repercutir, constatei que a situação é geral e reconhecidos colunistas como Maria Lima ( Globo) e outros também se aquietaram cansados de ficar batendo na mesma tecla: reforma previdenciária, lava jato, lula,Gilmar Mendes e agora mais recente saúde de Temer, etc…

O mais interessante é a famosa dança das pesquisas que são feitas tendo como candidato Lula e os demais, conhecidos ou não, pré candidatos sem nenhuma confirmação. O mais votado terá que ser sempre o LULA que é conhecido e é candidato.

A única coisa que não muda é a ingerência da imprensa que determina os resultados das eleições.

E por sua conta e risco vai lançando candidatos, sem nenhuma novidade a não ser meros palpites para se postar como aquele que sabe de tudo.

Tudo isso, no entanto, como diz o nosso matuto “ não infrói nem contribói “.

O que mais me aflige é o “ modernismo”, aliás, cada qual à sua época sempre causou preocupação.

Lembro-me dos idos de minha adolescência, quando, principalmente a nossa juventude, viveu um surto de americanismo implantando novos conceitos de costumes espelhados em James Dean e outros “ heróis”, alavancando as amizades coloridas, o rock and roll, o playboysismo, o precoce consumo do álcool e das drogas, o tabagismo e tudo o mais. em face dos filmes que por obra e graça  das grandes produtoras  Warner Bros., Fox, Metro, Universal que descobriram o Brasil como um grande consumidor de suas “ pictures”. Mas o que é mais curioso é que os “ mestres”, refiro-me à sociedade americana,  são bastante conservadores e não disseminaram dentre os seus o que exportaram para cá.

Revendo alguns arquivos pessoais fui tomado por uma gargalhada ao ver uma foto dos meus tempos de colégio, de uniforme, na fila para entrar na classe de aula, em silêncio, comparada com o quadro atual, em que os alunos frequentam as aulas de bermuda, sandália havaiana e entram na sala de aula à sua maneira e às vezes dando saltos mortais e segundo as pesquisas divulgadas pelo próprio Ministério da Educação, de nível baixíssimo de conhecimento.

Eu, realmente, confesso que gostaria de viver outra realidade e vou me permitir transcrever um texto escrito pela jornalista Taís Braga, publicado na edição de hoje, dia 26 de dezembro de 2018, do Correio Braziliense, sob o título “ Que o novo ano seja velho”:

“Parece uma incoerência, mas desejo de coração que o ano-novo venha carregado de velhos sentimentos, energia reaproveitada e relações de convivência “ultrapassadas”. Cansei de correr contra o tempo para descobrir frases ainda não escritas ou não ditas, de me cobrar na primeira linha do tempo futuro e de padecer diante da intolerância e da patrulha dos que consideram que o passado é um lugar que não pode oferecer mais que lembranças.

Quero, sim, aquele velho sentimento de querer bem ao outro, de respeitar os mais velhos pela vivência e não pelo tempo de vida; os mais fracos pela solidariedade e não e tão somente pela fragilidade; e todos, por serem humanos e não por pertencerem a segmentos da sociedade. É claro que há casos específicos em que é necessária uma postura mais firme.

Espero que toda essa energia empregada diariamente nas redes sociais, nas discussões em locais de trabalho, nas mesas de bares, nas salas de aula, nos encontros, em debates em que os ânimos começam acirrados por preconceitos, passe a ser uma energia limpa, tipo energia eólica. Aquela que vem chegando como uma brisa, nos envolve e nos move em busca de produção de mais energia. Daquelas boas, que empurram para frente, sem deixar resíduos (sentimentos) sujos que impedem o processo de crescimento, de avanço para uma vida melhor.

Quero de volta aquelas relações de ontem, hoje quase desconhecidas, nas quais amores, amizades e contatos sociais e profissionais sejam baseadas na paciência, no ouvir verdadeiro, não compreensão, e na certeza de que o outro é um ser diferente, com expectativas diferentes, com temperamento, com desejos e limites únicos, e que, por isso, fazem desse ser uma companhia que pode ser a perfeita para a sua vida.

Gostaria, mesmo, que o ano-novo trouxesse de volta a compreensão de que o que vivemos antes abre o caminho para o que poderemos seguir. É no passado que aprendemos. E, ao contrário do que parece, ele não é findo, está sempre em movimento, dependendo da ação do presente. Este, sim, é efêmero, já que o futuro ainda não chegou. Mas isso é divagação para uma vida inteira. No momento, desejo apenas que o ano de 2018 seja tudo o que você deseja.”

FELIZ NATAL E UM ANO NOVO MUITO PRÓSPERO E QUE DEUS NOS PROTEJA.

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