Atitudes

Já tive oportunidade de comentar a respeito das atitudes do Presidente Bolsonaro e as consequências sobre o governo, e sem nenhuma alteração volto a afirmar que nada acontece por acaso. Ele pode ter os seus arroubos, seus ímpetos e suas altercações, mas bobo ele não é, e nem inconsequente. Ah, dizem alguns, mas e os filhos? Se ele não os controla é porque apoia em todas as suas “ sandices”…De todos o que mais polêmicas atrai é o mais novo Carlos, vereador no Rio de Janeiro, que se permite usar o site do pai e postar suas próprias ideias, mas depois de uma escorregada tratando de matéria questionável sem a devida autorização foi chamado às falas e hoje não está mais com a liberdade de outrora.
Mas o Presidente aos poucos vai se soltando de suas amarras e tem mostrado que nem tudo é como parece ser, ou seja, como dizia a marchinha carnavalesca: “ nem tudo que reluz é ouro e nem tudo que balança cai”.
Logo no início do governo as atenções ficaram voltadas para o seu alinhamento ao Presidente Trump, quase que automático, com juras de amor que chegaram a assustar o chamado “ mercado “ao qual o Presidente Itamar Franco tinha verdadeira ojeriza. Todas as vezes que os membros da equipe econômica se referiam a esse “ personagem” Itamar perguntava: “ O que a Dona Maria, lá no morro acha desse tal mercado? Tudo que se faz aqui tem consequência para ela e vocês só se preocupam com esse aí!!”
Mas o fato é que essa reunião dos BRICS veio em muito boa hora, onde o nosso Presidente mostrou sua disposição de abrir o leque para negociar com todos com a liberdade e soberania do país, demonstrando que é muito possível ter uma boa relação com a China e Rússia, comunistas, sem que com isso invalide a sua relação com os americanos do Norte, com a Índia, África do Sul e com todos os países, enfim, cada qual respeitando o outro em suas tendências ideológicas e políticas.
Deixou bem claro que o Brasil, mantendo o seu posicionamento soberano e sua filosofia de governo, não tem nada a ver com as Relações da China e da Rússia com a Venezuela, Bolívia, Uruguai e Cuba, onde têm altos interesses comerciais e econômicos,
O Presidente da China XI Jimping, em sua fala externou a sua admiração pelo Brasil, por Bolsonaro e pelos brasileiros, e a sua disposição de aumentar as nossas relações, mas sempre com um respeito mútuo e manutenção dos interesses recíprocos. Presidente Putin, da Rússia, igualmente afirmou o seu desejo de ampliar as nossas relações e também aos demais países do BRICS e fora dele, assim como a Índia e África do Sul. Se alguém pensa que esses líderes desconhecem que Bolsonaro tem verdadeira aversão ao comunismo e tudo o que se relaciona a ele, prova que Papai Noel e Coelhinho da Páscoa estão em alta por aqui.
Aliás quando vi o Presidente Ximping discursando, e mostrando sua frieza e pragmatismo, me lembrei de uma historinha que contavam nas rodas de amigos. Segundo a lenda, um Chinês chega em casa e foi abordado pela mulher: “ Marido, tenho uma coisa muito séria para te dizer. A nossa emprega está grávida! ” Impassível ele responde: “ Problema dela. ” A mulher replica: “ Mas disse que o filho é seu! ” Ele retruca: “ Problema meu! “Ela triplica: “ Mas eu não estou gostando nada disso! “. Ele dando um final na conversa: “ Problema seu! ” A moral da história é o retrato da forma de agir desses orientais que nos lembra que nessa matéria de relações internacionais não há lugar para “ fricotes “e muito menos amadorismo.
E para finalizar lembro de uma frase de Benito Pablo Juarez García inscrita no portal do Congresso Mexicano: “Entre os indivíduos, assim como entre nações, o respeito pelo direito alheio é a paz.