O Presidente Jair Bolsonaro entrou na berlinda e agora está chegando na sinuca de bico.
Cheio de razão, preocupado com o futuro do país, angustiado pelos problemas que já se avolumam, com as soluções que serão cobradas, ainda assim recebe uma pancadaria generalizada por não saber se comunicar com a população.
A sua aparição na terça feira, em horário oficial, tinha tudo para ser um sucesso, e o sucesso que nós precisamos, para em equilíbrio solucionar a questão que nos aflige.
Está certo o Presidente quando:
– Chama a atenção do povo para a necessidade de obedecer às recomendações do Ministério da Saúde para o combate à corona vírus.
– Pondera pela necessidade de centralizar as ações na erradicação dessas doenças.
-determina medidas de socorro aos Estados para o enfrentamento desses problemas
-prestigia e apoia o trabalho desenvolvido pelos Ministros de Estado para garantir a segurança e o conforto da população
– mostra a realidade econômica do país e conclama a todos, governantes e governados a ponderar suas atitudes diante da necessidade de manter o equilíbrio entre saúde e economia para evitar que a busca da erradicação do vírus se torne um instrumento de uma crise ainda maior, alertando sobretudo quanto á paralisação do país que poderá significar uma quebradeira generalizada por conta de medidas tomadas na euforia.
Conforme tem alertado, é imensa a massa trabalhadora autônoma que depende do pão de cada dia e dos de carteira assinada que não podem abrir mão de seus empregos.
Não tem razão o Presidente quando:
– Tem iniciativas desse tipo, de comparecer e se dirigir ao povo como que de improviso, possibilitando um entendimento de um desconhecimento de causa, que ele não tem, e propiciando críticas e ataques infundados e desviados da análise que deveria ter sido proposta.
– Se mantem na linha de ataque contra a imprensa, de forma repetitiva, gerando conflitos no momento que a união se torna mais premente.
– se mostra irredutível em rever suas atitudes intempestivas e se propondo a repeti-las quantas vezes desejar, sob o argumento de que ninguém modifica a sua forma de ser.
– se permite “bater boca” principalmente com jornalistas, despindo-se da sua posição e expondo a liturgia do cargo que exerce.
Nas referências às falas oficiais dos Presidentes, me curvo à memória em recordar dos discursos de Juscelino Kubitscheck de Oliveira escritos com maestria pelo poeta Augusto Frederico Schmidt; do Presidente Médici na maioria das vezes da lavra do General Otávio Costa que constituíam peças de oratória impecáveis, como o seu discurso de posse; do Presidente Sarney, um poeta e romancista e que ainda assim eram revistos pelo seu amigo e notável escriba Professor Campelo, todos eles transmitidos, com precisão, com as mensagens necessárias para os resultados desejados.
Sei que é absolutamente dispensável e inócua a minha mensagem mas, como cidadão , gostaria de ver e ouvir o Presidente Bolsonaro levar ao povo os seus recados, cheios de pontos positivos do seu governo, com elegância e objetividade e assim, sim, ter certeza de estar de frente com a suprema autoridade do nosso país.
Sei que estou na contra mão do seu grupo político que se orgulha dessa postura, mas, não tenho nenhuma vocação turibularia que em nada contribui para os nossos propósitos e interesses nacionais.
Juscelino construiu e inaugurou Brasília, arcando com as maiores dificuldades, geradas pela oposição ferrenha, inclusive de grande parte da população, e ainda assim, todas suas aparições eram sempre, cheias de otimismo e alegria, sem nunca ter dirigido uma palavra sequer, de agressão, mesmo quando se tratasse dos mais ferrenho adversário.
Ao término do seu governo, embora o país se encontrasse em situação economicamente delicada, o povo o conduziu até ao aeroporto de Brasília a pé, empurrando o seu automóvel.
São fatos passados que merecem ser refletidos.
Estou preocupada.Tenho concordado muitoooo com voce.
Pois é.. um dia acontece
Aplausos!!!
Obrigado eu é que estou ficando desconfiado.