Indignação

Cumprindo o meu programa diário nesses tempos de pandemia, lendo o jornal impresso e os virtuais, confesso-me pasmo e indignado com a linha de conduta, justamente por quem devia estar prestando um nobre serviço ao país, através da comunicação social.

Na verdade, prestam um desserviço aos brasileiros.

Por conta deles mesmos tivemos uma segunda feira praticamente inútil, com toda a atenção voltada para uma questão provocada por essa mídia, engrossada pelas redes sociais, através de fakes, postados por pessoas inescrupulosas, sem caráter e integrantes de grupos partidários (verdadeiras gangues), intrigando as relações entre o Ministro da Saúde e o Presidente da República.

Na ante véspera foi realizada uma pesquisa inusitada pela Data Folha, a respeito da renuncia do Presidente, sem que esse assunto estivesse em pauta. Ao mesmo tempo outras pesquisas são realizadas para medir a popularidade do Chefe da Nação e com uma clara indução desonesta oferecendo entre as opções além do Presidente da Republica o nome do Ministro da Saúde, como se não fossem do mesmo governo.

Tão logo terminou a reunião de segunda feira a que me referi, tendo como resultado  não só a permanência do Ministro Mandeta no cargo como também a divulgação dos ajustes havidos entre Chefe e auxiliar, vimos o início das manifestações desvirtuadas e maldosas cada qual falando do que foi e que não foi tratado nesse encontro.

Dentre as várias notas vimos uma mensagem atribuída ao Presidente de que o infectologista Deputado Osmar Terra iria assumir o Ministério em lugar de Mandeta. A verdade dos fatos é que o Presidente não disse nada e o Deputado é pediatra. Do mesmo modo já anunciavam a nomeação da medica infectologista Nise Yamaguchi, para o cargo, quando na verdade o Presidente a convidou para integrar o Gabinete de Crise da Corona vírus na Presidência da Republica.

Para coroar vejo matéria de meia página de um jornal dando como manchete que, por parte do Gabinete do Ódio, que se diz existir anexo ao Gabinete do Presidente, coordenado por um de seus filhos, o próximo alvo seria o General Braga Neto, um dos mais qualificados do Ministério que em boa hora foi convocado pelo Presidente.

Se realmente existe tal Gabinete, como um Centro de Inteligência paralelo, é um absurdo inenarrável e se não existe é lamentável que seja constantemente citado como verdadeiro, sem nenhuma contestação.

É necessário que se debruce sobre essa questão.

Desde a eleição do atual Presidente,  um grupo se fez presente, bolsonaristas, da mesma forma que os petistas, os comunistas, socialistas etc. o que não constitui nenhuma novidade. É uma forma natural de rotular o grupo político ligado a Bolsonaro.

 O problema, no entanto, começou a surgir agora, quando alguns dos seus integrantes, manipulados por “ gurus”  passaram a agir como milícias, com a prática de atos incompatíveis com a democracia, através de formação de especialistas em fake News nas redes sociais, em ataques virtuais e presenciais contra todos que com eles divergem, até mesmo contra  integrantes da equipe  do governo, utilizando-se de métodos semelhantes aos preconizados pelo nefasto Goebels ideólogo do nazismo, de triste memória, achando  que ajudam  o Presidente. Vale a pena lembrar a formação das milícias bolivarianas que dominam a Venezuela, adotadas por Chaves.

É muito importante, inclusive para a reflexão do próprio Bolsonaro que dentre os 53 milhões de eleitores que o sufragaram, o percentual que comunga com esse tipo de ação é mínimo uma vez que uma grande maioria votou contra o Partido dos Trabalhadores e que hoje, as pesquisas mostram, já se dispersam,  mas que podem reverter a situação,  pois  esperam  muito do seu governo que tem tudo para dar certo, desde que, não se desvie para o radicalismo que somente agrada a um grupo que já é seu.

Está na hora, de ele próprio, Presidente Bolsonaro, adotar a linha da moderação e conclamar aos seus apoiadores à mesma conduta, antes que provoquem danos irreparáveis ao seu governo.