Hoje, resolvi evitar os temas que diariamente, desde o acordar até o adormecer, nos martelam a cabeça. Ainda mais estando na quarentena precisamos arejar a mente e dar chance aos pensamentos leves. Assim escolhi algumas frases e respostas rápidas para o nosso deleite.
Saulo Ramos
Estava em seu gabinete quando uma jornalista ansiosa adentra afobada e pergunta:
“Doutor Saulo, o senhor ouviu que o Senador Fernando Henrique, da tribuna, acaba de pedir sua cabeça?
Resposta: Porque? Ele perdeu a dele?
Jânio Quadros
Contam a história de que Fernando Collor, então Governador de Alagoas, articulando para ser candidato a Presidente da República deparou com um problema em face do desejo de Jânio Quadros também estar pensando em voltar à cena.
Em passagem por Roma, descobriu que o ex Presidente se encontrava por lá e engendrou uma forma de se encontrar com ele, de forma fortuita, buscando saber um lugar onde ele estaria.
Conseguiu o seu intento e como que surpreso se dirigiu ao seu encontro e entabulou uma conversa. Lá pelas tantas Jânio com aquele sotaque característico lhe pergunta: “ O senhor quer ser candidato a Presidente? Collor em resposta lhe afirmou o seu intento. Jânio volta à carga: “Tu não achas que és muito novo para isso? Collor rebate: Presidente, o senhor foi eleito e exerceu o cargo com a mesma idade que hoje tenho! Final da conversa: E tu viste a merda que deu…”
Delfim Neto
Com o lançamento do Plano Cruzado o universo político ficou bastante agitado e especialmente entre os economistas e um deles bastante crítico foi o ex Ministro e deputado Delfim Neto, que da tribuna da Câmara foi bastante incisivo contra o Ministro da Fazenda Dílson Funaro. Terminado o discurso uma repórter lhe perguntou se ele estaria pedindo a cabeça do titular da economia.
De imediato o deputado lhe responde: “Vou fazer o que com ela? Ele leva brinquedo a sério” Funaro era dono da Trol concorrente da Estrela.
José Alencar
Estávamos em campanha para o Governo de Minas Gerais, em favor da chapa encabeçada por Itamar Franco tendo José Alencar candidato ao Senado.
Fomos surpreendidos com a notícia de sua internação em face de um mal do abdômen, sem previsão de alta. Os mais afoitos logo se acercaram de Itamar para saber se iria substituí-lo, o que foi rechaçado de imediato e continuamos nossa jornada pelo Estado com a marchinha “o 15 do Itamar é o 15 do Zé Alencar.”
Passados já quinze dias chegamos a Montes Claros, em um dia chuvoso, onde teria uma carreata no inicio da noite. Quando íamos subindo na carroceria do caminhão vi que já havia um vulto debruçado no teto da cabine e me aproximando deparei com José Alencar com uma capa preta e um boné. Surpreso lhe perguntei o que fazia ali, pois se encontrava em convalescência rigorosa. Com a expressão facial própria de um menino travesso, o que aliás ele fazia muito bem, me respondeu: “Uai, nós temos um comício hoje, ou foi cancelado?” Eu lhe respondi afirmativamente, mas perguntei: “E se chover? Respondeu com um largo sorriso e imitando o caboclo “Se chover nós molha!!”
Poder de síntese
A síntese é uma qualidade que destaco na pessoa que sabe usá-la com perfeição.
Certo dia, um domingo, casal em viagem, se hospeda em um hotel no posto 4 de Copacabana. Por volta das 17 horas o marido diz para a esposa que iria a uma Farmácia e acabou se distraindo com o movimento, aproveitou para tomar umas cervejas em uma daqueles bares com mesas nas calçadas e só chegou de volta lá pelas 10 horas da noite.
Claro que a esposa, mineira das bravas o esperava com quatro pedras na mão e foi logo perguntando por onde o referido andava.
Respondeu que foi à Farmácia e depois foi à missa na Igreja no Forte Copacabana. Ela então aproveitou para lhe perguntar se ele gostou do sermão e claro, respondeu que foi maravilhoso. Ela lhe perguntou sobre o tema da homilia. De pronto ele respondeu que foi sobre o pecado. A mulher não satisfeita volta a lhe perguntar o que foi que o padre falou a respeito do pecado. De pronto ele responde: “Ah. Ele é contra.”
Alain Touraine, sociólogo francês:
“Aqueles que pensam que sabem o que vai acontecer no Brasil, devem estar muito mal informados”
Steven Spielberg, cineasta americano:
“Devemos sempre nos preparar para o fracasso. Isso torna mais gratificante o sucesso.”
Fernando Sabino, sobre mineiridade:
Ser mineiro é não dizer o que faz, nem o que vai fazer, é fingir que não sabe aquilo que sabe, é falar pouco e escutar muito, é passar por bobo e ser inteligente, é vender queijos e possuir bancos. Um bom mineiro não laça boi com imbira, não dá rasteira em vento, não pisa no escuro, não anda no molhado, não estica conversa com estranhos, só acredita na fumaça quando vê fogo, só arrisca quando tem certeza, não troca um pássaro na mão por dois voando”
Anônimo
Marcelo Linhares, deputado cearense gostava muito de repetir uma frase de autoria desconhecida, mas muito profunda:
“Falando de teimosia, entre a rudeza e a arrogância é tão grande a ignorância tão cruel e tão mendaz, que a própria sabedoria que de tudo sabe um tanto, não sabe dizer do quanto a ignorância é capaz”
Foi apenas para desanuviar o espirito tão convulsionado com noticias ruins.
Excelentes as matérias postadas