Volto aos idos de 1993 quando se realizava a revisão constitucional pelo Congresso Nacional.
Certa tarde o Lider Senador Pedro Simon chega ao Palácio do Planalto e sobe imediatamente ao Gabinete do Presidente Itamar Franco a fim de consultar sobre vários temas em discussão na tramitação do Projeto de Revisão Constitucional e dentre eles o da reeleição para Presidente da República.
Tão logo iniciava o Senador o seu relato, foi interrompido por, Itamar que desautorizava qualquer ação nesse sentido, embora a aceitação dentre os parlamentares fosse bem ampla.
Argumentava ele, uma questão de princípios além do seu entendimento de que seria muito difícil separar as ações do Presidente e do candidato chegando a citar que quando o agente vestia um paletó era o dirigente e quando retirava era o candidato. Por outro lado, não achava decente que a alteração constitucional fosse aprovada para aplicação ao mandato em curso.
Interessante ressaltar que no episódio o então Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso foi um dos primeiros a cumprimentar o Presidente pela atitude, verberando, inclusive contra o instituto da reeleição que seria contrário ao espírito do constituinte que não consagrou em seu texto essa possibilidade de permanência no cargo por parte dos Chefes do Executivo em todos os níveis.
Em 1995, surpreendentemente um dos principais focos do governo de Fernando Henrique Cardoso foi exatamente a proposta de emenda constitucional implantando no Brasil o instituto da reeleição sem a necessidade do titular se afastar do cargo, para um único período subsequente, a ser aplicada já no seu mandato em curso, aprovada em ambiente tumultuado em face de denuncias de corrupção relativa a compra de votos. Foram contrários à proposta PPB, PDT, PT e PC do B com ásperos argumentos de natureza jurídicos e políticos.
Passados vinte anos da sua promulgação é rechaçada pelo próprio autor intelectual FHC que diz:
“Devo reconhecer que historicamente foi 1 erro: se 4 anos são insuficientes e 6 parecem ser muito tempo, em vez de pedir que no 4º ano o eleitorado dê 1 voto de tipo ‘plebiscitário’, seria preferível termos 1 mandato de 5 anos e ponto final […] Acabar com o instituto de reeleição, e, quem sabe, propor uma forma mais ‘destribalizada’ são mudanças a serem feitas. Esperemos” …. Ou seja, somente foi válido para o seu mandato.
Mas, na verdade estranho é a falta de coerência dos partidos contrários à sua aprovação, pois não tiveram nenhuma proposta para o fim da reeleição quando no governo e, ao contrário dela se utilizaram por duas vezes ( Lula e Dilma) e em 2010 tentaram permitir mais um mandato para Lula por meio de alteração constitucional, e nunca consideraram que o candidato à reeleição teria mais privilégios do que os demais, ao contrário do que pensam hoje, acionando o Judiciário com questionamentos ridículos visando obter a inelegibilidade de Bolsonaro porque sendo Presidente da República tem mais visibilidade que os seus adversários.
No tocante às comemorações da Independência, todas as críticas apresentadas caem no vazio, pois, a presença do Presidente no palanque oficial do desfile, seguiu às regras do comedimento e da postura do Chefe do Executivo no exercício do cargo em evento oficial.
Após o desfile, já encerrado com a declaração solene do General Comandante Militar do Planalto e inclusive afastado do local, em outro palanque, sem usar a faixa presidencial, o candidato foi de encontro com seus aliados, que ali estavam sim, para assistir e prestigiar a parada cívico militar e, em seguida se encontrar com o seu candidato em ambiente público que poderia ser acessado inclusive pelos que reclamam.
Não havia nenhuma restrição para o comparecimento de quem quer que seja e a multidão que ali permanecia era por vontade própria e de apoio explícito a Bolsonaro, ao contrário teria ido embora
Na verdade, essa é a razão da fúria oposicionista que não esperava tanta gente aplaudindo o seu ídolo.
Lula lembra as comemorações da Independência em 2006 e 2010 alegando que nunca se aproveitou para prestígio pessoal de campanha.
É uma afirmação bastante perigosa de ser dita pela linha tênue que existe entre a ação do Presidente, como líder da nação em contato com os seus mandatários e a do candidato com os seus aliados.
Ao observador mal-intencionado tudo vai parecer de acordo com sua vontade.
Lembro-me do Deputado Cantídio Sampaio que afirmava que o casuísmo é tudo aquilo que não nos agrada no momento, e ao contrário, o que agrada é absolutamente válido.
A própria Lei das Eleições prevê várias hipóteses e dentre elas, que o candidato no exercício do cargo pode comparecer a inauguração de obra pública desde que o faça discretamente.
Em 2010 o Presidente Lula em cadeia nacional ao se pronunciar a respeito da Independência do Brasil discursou todo o tempo fazendo propagando do seu Governo a respeito do Pré-Sal e ações no sentido da exportação de Petróleo que nada tem a ver com as comemorações de Sete de Setembro. E em 2012 a Presidente Dilma fez uma aparição em rede nacional para anunciar medidas para redução de energia elétrica.
Tudo isso serve para demonstrar a impropriedade dos discursos contra o Presidente Bolsonaro que demonstrou claramente o prestígio que desfruta e que contrasta de forma acachapante com as “pesquisas” encomendadas.
Abaixo algumas fotos do evento em 2006 e 2010 em Brasília que por si só mostram a diferença de publico sem nenhuma aproximação com o Presidente
Em 2006
Em 2010
É justificável tanto desespero…………..
PARCIAIS totalmente.Inacreditavel.
Os argumentos são primários e as decisões judiciais igualmente estapafúrdias. Onde vamos parar?
É difícil administrar a inveja!!!Ansiosa para o dia da eleição…..
Cara Bethania, vc tem toda razão. A propósito vou citar um pensamento de alguém que se intitula ” capsicoluciana” : O invejoso não quer o que você tem. Ele não quer e que você tenha. Vai daí….