Estamos vivendo um momento de euforia institucional na qual todo mundo cria, inventa, copia, discursa, oferecendo soluções politicas, jurídicas, econômicas, uns sem ter nenhum conhecimento de causa e outros, com conhecimento, mas com interesses inconfessáveis buscando recuperar o espaço perdido através da comoção popular jogando para o quanto pior melhor.
Agora estamos vendo uma convocação pelas redes sociais para uma grande movimentação em favor do impeachment da Presidente da Republica aproveitando a situação delicada porque passa o país com reflexos principalmente no social.
Se honestamente é analisada essa questão, veremos que o continente europeu passa por momentos muito piores, como a Grécia, por exemplo, e os Estados Unidos à duras penas buscando o equilíbrio, sem falar no Oriente Médio e na nossa América do Sul, principalmente a Argentina e a Venezuela.
Se também honestamente se procura uma solução para essa crise, o caminho certo é a união em torno da governabilidade, o que não significa apoio politico a esse ou aquele, propugnando por uma busca de resgate do que se perdeu e voltarmos a um “status quo” necessário à paz social.
Aí sim, estaremos em condições de partir para uma disputa política na luta legítima de alcançar o Poder.
Em avaliando o quadro exposto, teremos, na hipótese de um improvável Impeachment, remédio duro e de consequências inimagináveis o seguinte roteiro:
Se a fundamentação para esse caminho for à utilização na campanha de verbas obtidas através dos assaltos aos cofres da Petrobrás, e somente isso poderá ser alavancado, eis que nenhuma prova ou fato concreto foi apresentado contra ela, à penalidade alcançará também o Vice-Presidente que compõe a chapa. Com a vacância dos dois cargos far-se-á, nos termos constitucionais uma eleição em noventa dias e o país sendo governado pelo Presidente da Câmara dos Deputados.
Aí reside o troféu buscado pela oposição. Derrubar a Presidente eleita em 2014 para se eleger em 2015.
Ocorre que a memória é realmente muito curta para esquecer o que ocorreu com Getúlio Vargas, que se matou para não ter que viver um Impeachment, com o país tomado pela perturbação politica, movimentada pelo Líder oposicionista Carlos Lacerda que sonhava ocupar o cargo de Presidente da Republica, a qualquer custo. Exaltado nas ruas por onde passava, conseguiu também inviabilizar o Vice Presidente Café Filho e viu o seu projeto grandioso ruir por terra com a eleição retumbante de Juscelino Kubitscheck, apoiado pelas forças getulistas, inconformada pelo desaparecimento do “Pai dos Pobres” e aquele povo que, nas ruas seguia Lacerda já então lá não se encontrava e se aliava para a eleição de Juscelino.
Lacerda bradava aos ventos que Juscelino não se elegeria e se se elegesse não tomaria posse. Gesto explicitamente golpista e inócuo sem nenhum respaldo popular.
Politicamente pensando, o país foi conturbado por nada, pois os incendiários não obtiveram êxito nenhum além de provocar a morte de Getúlio.
No caso presente, se esse projeto for adiante, teremos uma eleição com candidatos forjados á ultima hora, no prazo de noventa dias com o país dividido e sujeito a graves consequências,
Se o candidato derrotado nas ultimas eleições e outros da mesma linha disputar, virão com a pecha de golpistas e outros, aliados á Presidente impedida usufruirão os votos carregados pela emoção.
E toma mais crise……
Quem diria???
Eu não estou fazendo juízo de valor, mas apenas alertando para o perigo do “oba,oba..”
Estamos atravessando momentos muito difeceis realmente…e bota dificel nisso…
obrigado pela presença. Os momentos difíceis que vcs estão passando por aí já são melhores pelos nossos aqui. Espero que os brasileiros tenham a mesma noção de responsabilidade dos americanos.