Decretei um recesso voluntário à esperando que algo de novo ocorresse para sair da mesmice. O País está parado. A economia sendo corroída, A vida das pessoas estagnada. As instituições se desmoronando. A perplexidade se estabelecendo em face da falta de alternativa. Cada porta que se abre dá passagem a fatos que jamais poderíamos imaginar que ocorressem. A cada luz que se acende ao final do túnel surge um apagão que desacredita uma solução que se oferecia. Para onde vamos, afinal….
Lembro-me de uma história que me contaram sobre um jogo de futebol em que o centro avante, sozinho, de frente para o goleiro gritava; “vem em mim que eu tô vendido.” e a resposta era inimaginável: ’ num vou não que eu também tô.”
Assim que estamos vivendo.
As acusações se sucedem e em dado momento aquele que poderia ser o elo da salvação surge como mais um na lista dos envolvidos.
Mas, na democracia o que vale é a solidez das instituições e o Brasil sempre despontou com uma capacidade fantástica de preservação dos ditames constitucionais da incolumidade dos Poderes que são independentes e harmônicos entre si.
Mas, será que são mesmo ?
Os membros do Poder Judiciário, sempre reservados, conscientes do seu dever de julgar , com independência, atentos à observância da legislação, das jurisprudências e das doutrinas, hoje se ocupam mais em aparecer na mídia, com ímpetos de se transformar em heróis nacionais, discutindo o que deveria estar nos autos dos processos. Os votos e decisões, antes de serem proferidos já são do conhecimento público e abertos à discussão.
Os membros do Ministério Público, em todas as instâncias e em todas as Cortes, incluindo o Tribunal de Contas se acotovelam para disputar o espaço na imprensa quando deveriam estar restritos à sua função de defender os interesses da sociedade.
Os integrantes do Poder Executivo, com a nobre e difícil missão da gestão da coisa pública são seguidamente acusados de malversação e da apropriação dos bens e dos recursos públicos.
Os representantes do povo no Legislativo que deveriam estar conscientemente tratando de legislar e fiscalizar a execução orçamentária disputam espaços, negociam e chantageiam, condicionando o seu voto, em decisões inquestionáveis para os destinos da Nação, a obtenção de benesses e privilégios.
Mas, constitucionalmente, esses são os guardiões da existência da Nação.
Em verdade ninguém se entende, como na Torre de Babel, mas falando a mesma língua?
E agora? Como se dizia antes; “vai reclamar com o Bispo…”, mas por onde ele anda?
Excelentes as matérias postadas