DARIO MACEDO – SAUDADES

Relembro com saudade a verve do meu velho amigo Dario Macedo que nos deixou bem novo mas permanece presente com sua obra.

Relendo o Livro ” Politica, nem sempre” compartilho com vocês algumas histórias. Hoje me ocupo do texto sobre a Praça, referindo-se a homenagens de pessoas vivas em obras publicas.

O Presidente Geisel, diante da farra de homenagens a políticos decretou a liquidação do culto à personalidade. Daí para frente nenhuma pessoa viva poderia ser homenageada em órgãos e obras públicas. Diz Dario:

“ Com a decisão, vem-nos à mente deliciosa página do folclore político; não sei por que, o nosso Nery ainda não inseriu em seus livros. Passou-se em Minas, porque tinha que ser Minas. Nos áureos tempos (para ele) da ditadura de Getúlio Vargas, o festival do puxasaquismo tomou conta do país. E numa cidade mineira batizaram como “Getúlio Vargas” a principal praça. O velho caiu e houve a mudança: Praça Presidente José Linhares. Mas o cearense demorou   pouco, o suficiente apenas para ajustar algumas coisas e houve o rebatismo da Praça Presidente Dutra. E assim foi seguindo. Saía Presidente, saía o nome da praça. Subia Presidente e tome homenagem. A coisa ia num ridículo incomparável, mas surgiu a voz da sensatez. Um vereador, preocupado com tanta irresponsabilidade, apresentou singelo projeto de lei. Rezava: — “A praça que foi Getúlio Vargas, José Linhares, Gaspar Dutra, Getúlio Vargas (outra vez), Café Filho, Juscelino Kubistcheck, João Goulart, passa a ter a seguinte denominação: Praça Presidente Atual.”

 

 

2 comentários em “DARIO MACEDO – SAUDADES

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