Volto a monitorar os atos de bom senso ou a falta deles no nosso palco institucional.
Agiram com bom senso:
– O Vice-Presidente Mourão em sua interinidade demonstrando a capacidade de gestão e o espirito público que deve nortear os responsáveis pelo destino do país. Em sua entrevista ao Correio Braziliense e sua palestra para os empresários, mostrou-se como um estadista discutindo com precisão e conhecimento as questões relativas ao governo com a discrição que lhe cabe como o segundo na linha de comando e ao mesmo tempo preservando a pessoa do Presidente da República.
– O Presidente Bolsonaro no episódio da demissão do Secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, reconhecendo sua capacidade de trabalho e exação na condução da causa pública, mas que não soube se postar na linha hierárquica do governo discutindo larga e publicamente a recriação da CPMF, sem que o Ministro da Economia tivesse uma decisão a respeito e muito menos o Presidente que, inúmeras vezes declarou que não permitiria a renascimento desse imposto.
– Os Presidentes das Casas Legislativas que de forma serena agiram com marcante Bom Senso no sentido de desencorajar a discussão prévia dessa matéria.
– o Procurador Augusto Aras, indicado para o cargo de Procurador Geral da República, que sofrendo uma aberta resistência interna em face de sua indicação, serena e discretamente procurou se contatar com os líderes partidários no Senado Federal e com diversos procuradores, evitando qualquer manifestação pública em especial através da imprensa, garantindo assim a sua necessária aprovação pelo Plenário daquela Casa Legislativa.
– O Ministro do Meio Ambiente indo para os Estados Unidos excelentemente preparado para mostrar ao mundo o que o Brasil tem feito em preservação da Amazônia principalmente no que tange ao cumprimento do Acordo de Paris e do Acordo de Kioto, os quais não têm tido o mesmo tratamento pela maioria das grandes nações do continente europeu que inclusive passaram um grande calote ao Brasil. Registre-se que compareceu à reunião da ONU sobre o meio ambiente e foi impedido de falar, em face de uma grande manobra orquestrada pelo Secretário Geral estabelecendo que somente os Chefes de Estado poderiam usar dessa prerrogativa.
Faltou Bom Senso:
– Ao Governador do Rio de Janeiro externando ao Presidente Bolsonaro, de formal juvenil, o desejo de conhecer a suíte presidencial no Palácio do Alvorada “ porque pretendia ocupá-la quando fosse eleito Presidente da República”, conforme relata Luiz Carlos Azedo em sua coluna.
– Ao Correio Braziliense em matéria intrigante escrita por Ingrid Soares e Rodolfo Costa, sobre o retorno do Presidente, pretendendo criar um clima de animosidade com o Vice Mourão alegada por argumentos frágeis e sem nenhuma sustentação como “ impróprio o comparecimento de Mourão ao 7º Encontro Empresarial Brasil-Alemanha uma vez que Bolsonaro havia discutido meses atrás com Ângela Merckel” Sem comentários.
– Aos sindicatos dos Correios, convocando greve geral, em busca de aumentos de salários e vantagens exigindo que a empresa não seja privatizada, apesar da situação caótica em que se encontra, sem perceber que estão dando a munição de que o governo necessita para a transferência ao setor privado.
– Aos deputados federais na votação da minirreforma eleitoral incluindo regras que atentam contra a moralidade e ao interesse público favorecendo aos infratores. Como exemplo é bom destacar a autorização para o uso do Fundo partidário composto com dinheiro público para pagamento de honorários de advogados de parlamentares que cometerem crime eleitoral.
Enquanto isso, como diria Ibrahim Sued, “ os cães ladram e a caravana passa”.
Ótima análise! O Brasil, já disseram, não é para amadores! O governo Bolsonaro e seus Ministros tem se portado muito bem. Destaque para o Ministro Tarcísio, sereno, evita polêmica e trabalha como uma máquina!
Obrigado amigo Pelluso, concordo com suas observações.
Prezado Hargreaves, ótimo encontrá-lo aqui nesse espaço virtual – com as ideias sempre no lugar. Nós nos vimos muito rapidamente numa padaria do Lago Sul, dia desses, e gostaria de encontrá-lo para um café – ou quem sabe um vinho – em que pudéssemos falar de como era mais viva e mais interessante a política de outros tempos. Segue meu email e agradeceria muito se puder entrar em contato. A partir de uma resposta sua envio, privadamente, meu celular para que possamos marcar. Gostaria muito, de verdade. Grande abraço, Lula Costa Pinto: lula@ideiasfatosetexto.com.br
Obrigado amigo pelo apoio.